TRATAMENTOS

Câncer de adrenal

Anatomicamente as glândulas adrenais localizam-se na extremidade superior dos rins, sendo delas separadas por cápsulas fibrosas.

As duas são estruturas diferentes, com processos de formação embriológica diferente onde a agenesia renal não leva obrigatoriamente a ausência da glândula.

Ela é dividida em região cortical ( mais externa) e região Medular (revestida completamente pelo córtex) onde apresentam diferentes propriedades e consequentemente casos de neoplasias diferentes.

O adenoma cortical é benigno, e ainda por cima um achado não tão incomum. Já os Carcinomas Adrenocorticais são de características malignas, muito menos frequentes e bastante perigosos.

Sua incidência é rara, correspondendo a 0,02% do total de neoplasias e há um pico de casos em crianças até os 5 anos e em adultos na faixa de 40-50 anos.

Fator de risco Câncer de Adrenal

O principal fator de risco é a predisposição genética. A Síndrome de Li-Fraumeni é uma doença hereditária rara, autossômica dominante, que se caracteriza pela ocorrência de vários tumores na mesma pessoa, aumentando a chance de desenvolvimento de tumores antes dos 50 anos em 25 vezes.

Já a Síndrome de Beckwith-Wiedemann caracteriza-se pelo desenvolvimento de tumores embrionários e hiperplasia visceral generalizada.

Sinais e sintomas do Câncer de Adrenal

Os sinais e sintomas apresentados são dor torácica (50%), fadiga(25%), perda de peso(15%), hematúria(7%) e febre(7%).

Podem também desencadear na síndrome de Cushing com aumento da produção de cortisol, que é relativamente comum visto que 70% dos casos a desenvolvem, proporcionando a aparição de estriações violáceas, emagrecimento dos membros apesar de acúmulo de gordura abdominal, acne e hirsutismo.

Outra menos comum é a síndrome de Conn onde leva a hiperprodução de aldosterona, estimulando reabsorção de sódio e consequentemente excreção de potássio, condição grave para desenvolvimento de Hipertensão Arterial Sistêmica e hipocalemia, levando a arritmias.

Diagnóstico do Câncer de Adrenal

Para diagnóstico a TC é muito utilizada e bastante conclusiva. Só que em algumas ocasiões pode vir a ser inconclusiva e nesse caso a Ressonância magnética é recomendada, onde seria na verdade o padrão-ouro analisando até a expansão do tumor para outros tecidos.

Laboratorialmente é feita dosagem hormonal( Colesterol, aldosterona e estrogênio), e no hemograma observa-se hipocalemia e redução dos níveis de renina.

Com a reabsorção de sódio estimulada é feito um feedback que reduz a secreção de renina, a partir da mácula densa que é sensível aos níveis de sódio no túbulo.