O termo fimose deriva de uma palavra grega cuja tradução livre seria “mordaça”. A fimose consiste em um anel de constrição no prepúcio (pele que recobre a glande do pênis) que dificulta ou impede a exposição da própria glande (“cabeça do pênis”). Ou seja, se ao puxar essa pele, você não consegue expor a cabeça do pênis, é porque tem fimose.
Sintomas
A fimose pode gerar a dificuldade de higienização da cabeça do pênis, facilitando infecções locais e infecções urinárias nas crianças. Casos extremos de fimose, com anel muito estreito, podem causar dificuldade para urinar, ocorrendo a micção por balonamento, ou seja, a urina fica retida na bolsa de prepúcio para depois ser expelida para o meio externo. Nos pacientes adultos, a fimose pode levar a incômodo e lesões durante a ereção e a relação sexual, atrapalhando a própria atividade sexual.
Causas e fatores de risco
Criança
É normal a criança nascer com o prepúcio aderido à glande (“fechado”) sem que isto represente uma doença ou fimose. Com o desenvolvimento e crescimento, ocorre um descolamento natural dessa aderência, sendo que 90% dos meninos até os 3 anos já expõem adequadamente a glande sem ter necessitado de nenhum tratamento específico. Os pediatras e urologistas devem acompanhar esse desenvolvimento, pois uma parte desses pacientes apresentará um verdadeiro anel de estreitamento, constituindo a fimose. O surgimento da fimose não tem uma correlação hereditária ou um fator específico como causa evidente que possa predizer quais pacientes terão fimose de fato.
Adulto
A fimose no adulto pode se manifestar como um quadro discreto que passou despercebido na infância e, ao iniciar ereções mais vigorosas e atividade sexual, o paciente nota que este anel de estreitamento atrapalha sua atividade sexual. Pode ocorrer também no homem que não possuía fimose, mas devido a processos inflamatórios locais – as chamadas balanopostites – teve uma cicatrização e formação de um anel fimótico no pênis. Isso é muito comum em diabéticos. Esse processo é chamado de fimose secundária.
Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se na consulta médica com uma boa história e exame físico.
Prevenção
A prevenção da fimose secundária baseia-se na boa higiene local evitando ao máximo os processos inflamatórios do prepúcio que levem a um estreitamento desse local.
Tratamento
O tratamento pode ser clínico com o uso de pomadas à base de anti-inflamatórios corticoides com bons resultados que podem chegar até 50% dos casos nas crianças. Quando há falha do tratamento clínico ou quando a situação é mais grave, o tratamento é cirúrgico, a chamada postectomia. Trata-se de uma cirurgia rápida (geralmente menos que uma hora) com alta no mesmo dia nas crianças e podendo ser realizada de modo ambulatorial nos adultos.