O que é o PSA?

Todo homem, ao procurar o urologista para fazer os exames de rotina, depara-se com dois exames iniciais: o exame físico da próstata (toque retal), e a dosagem do PSA.

PSA é uma sigla para o termo em inglês “protatic specific antigen”, ou antígeno prostático específico. Trata-se de uma proteína, da classe das calicreínas, que é produzida normalmente pela próstata. Essa proteína tem a função de deixar o semen (líquido ejaculado) mais fluido. Além de ser liberada no semen, também pode ser encontrada em quantidades pequenas na corrente sanguínea.

Acontece que, quando há alguma doença na próstata, as células se rompem e liberam mais PSA na corrente sanguínea. Essa lesão das células prostáticas pode ser causada por: infecção urinária, inflamação (prostatite), manipulação cirúrgica, ou pelo câncer de próstata.
Outra condição que pode elevar o PSA é a hiperplasia prostática benigna, pois quanto maior a glândula, mais ela produz PSA.
Ou seja, PSA elevado sugere que esteja ocorrendo algo de errado com a próstata. Cabe ao urologista investigar a causa dessa elevação.

Para isso, analisamos os sintomas do paciente e o exame físico, e lançamos mão de exames complementares para ajudar na investigação – ultrassonografia, ressonância magnética e, em último caso, biópsia da próstata.

Vale ressaltar que PSA elevado não é sinônimo de câncer de próstata. A bem da verdade, o câncer pode estar presente mesmo que a dosagem PSA esteja normal (daí a importância do exame físico). O contrário também é verdade: pacientes com PSA elevado não necessariamente tem câncer de próstata.

A dosagem do PSA também é importante no acompanhamento do paciente após o tratamento do câncer de próstata, pois nesse cenário as elevações do PSA podem ser sinal de recidiva da doença.

Dr. Carlos Watanabe é especialista em Cirurgia Urológica Minimamente Invasiva e Cirurgia Robótica.
Médico urologista e parte do corpo clínico dedicado do Hospital Sírio-Libanês em Brasília.