A vasectomia consiste em uma pequena operação, muitas vezes feita com anestesia local, na qual é interrompido de forma definitiva o ducto deferente (via de passagem dos espermatozoides do testículo para a uretra, e daí para o meio externo).
Após o procedimento, o homem continua a ejacular normalmente, pois grande parte do esperma vem da próstata e das vesículas seminais. Dessa forma, o líquido que sai do pênis no momento da ejaculação não mais vai conter as células responsáveis pela fertilidade, os espermatozoides.
Vale lembrar que a vasectomia não altera libido, não causa disfunção erétil nem distúrbios da ejaculação. Ela apenas vai impedir a saída dos espermatozoides.
Quem pode ser submetido à vasectomia?
O que era permitido só aos 25 anos, agora pode ser realizado aos 21. Foram aprovadas, recentemente, mudanças na legislação para vasectomia e laqueadura no Brasil. Além de reduzir a idade mínima para a permissão ao procedimento, a cirurgia também poderá ser realizada em pais e mães de 18 anos, que tenham dois ou mais filhos vivos.
A lei agora protege o direito de escolha, pois até o ano passado, pessoas casadas dependiam da aprovação do cônjuge, e mulheres gestantes não podiam realizar a cirurgia.
Quais são os cuidados pós-operatórios?
O paciente deverá ficar de repouso por cinco dias, e manter abstinência sexual por 15 dias após a operação. Importante salientar que nos primeiros 90 dias o casal deve manter algum outro método contraceptivo. Após esse período, realiza-se um espermograma para confirmar o sucesso da operação. É um método contraceptivo muito seguro e eficaz.
A vasectomia é reversível?
Sim, pode ser revertida por meio de uma operação delicada, realizada com auxílio de microscópio cirúrgico. Porém, quanto maior o intervalo de tempo entre a vasectomia e a operação para reversão, menor o potencial de fertilidade do paciente.
Dr. Rafael Buta é mestre em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília. Possui especialização em Cirurgia Robótica pelo Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.